.....Bem continuando, meu último post...
Em uma tarde após quase 10 dias mais ou menos, percebemos que ele estava estranho com saturação baixa (o que significa que o oxigênio não estava como deveria) vou resumir um pouco porque ainda é doloroso pra mim. Bem descobrimos que ele tinha uma infecção foram feito os exames, esse tipo de ocorrido é bem comum em prematuros extremos como ele, pensamos .... agora é medicar e....
Fomos pra casa neste dia um pouco mais preocupados que de costume, mas precisava dormir...
No dia seguinte chegamos cedo ao hospital, e como de costume fiquei na sala de ordenha( é engraçado) mas é assim mesmo que eles denominam o ato de fazer a retirada do leite materno.Pedi ao meu marido que fosse ver como ele estava, confesso que covardemente preferia que ele fosse na frente, porque tinha medo . Em alguns minutos depois vi meu marido na porta da ordenha chamando por mim. Não consigo descrever o que senti naquele momento, só sei que não senti minhas pernas, e tive a sensação de parar de respirar. Ele calmamente, se é que isso era possível na hora me disse .... O Henrique piorou; engoli seco e perguntei, piorou como? ele tinha tido uma hemorragia grau IV (eu explico... essas hemorragias também são relativamente comuns em prematuros, e são classificadas entre I até IV) quando o grau se restringe ao nível I e II é possível o cérebro absorver sem deixar sequelas, no nível III isso também acontece, mas nem sempre, e o grau IV , bem já deu pra entender que este nível seria o nosso pior pesadelo, já que nossa filha Rafaella passou por este nível e não conseguiu.
Nem preciso detalhar como saímos do hospital, na verdade meu marido me tirou de lá. Fomos pra casa de amigos, que hoje são padrinhos do meu filho, e por isso mencionei que é um capitulo à parte a existência deles em nossas vidas.
.....E pela primeira vez desde o nascimento do Henrique, esperei o pior... Até hoje ainda sinto o peso de todas as minhas lágrimas, de todo meu desespero, de toda minha revolta. Não me orgulho nem um pouco de todos os pensamentos que tive neste momento.
O dia passou, a noite chegou, voltamos pra casa e dormimos de exaustão. Na manhã seguinte me arrastei até o hospital, é me arraste mesmo, não lembro o caminho que fiz, as coisas que vi, nada! e mais uma vez covardemente pedi pra meu marido entrar....
Ele voltou, me avisando que o Henrique se encontrava estável, apesar da hemorragia, um sopro de alegria abrandou meu coração aquela hora!Mais um dia passou, o neurologista foi chamado, e nos informou que havia uma maneira de parar a hemorragia cirurgicamente, fazendo uma drenagem e ele teria ao menos uma chance, mas... ainda tinha o mas.... que ele precisaria ganhar peso , estabilizar a infecção etc...etc...etc....
Eu podia ouvir o meu cérebro, trabalhando alucinado para dar respostas às minhas perguntas. Como era possível uma cirurgia de crânio num bebê tão pequeno, Meu Deus!!!!! ao menos era uma chance pra quem já não tinha nenhuma, e o mas.... veio novamente, apesar desta chance, ele não teria uma vida como a de todo mundo, e a probabilidade de viver em estado vegetativo era tão grande quanto a chance dele viver.. ..... ..... ...... . . . . .
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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
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